Mais conhecido como Tratamento de Canal, é a área da Odontologia que cuida da polpa, a parte vital do dente. Os dentes podem ter um, dois, três ou mais canais.

 

É o tratamento e remoção do tecido vivo do dente: a polpa dentária. Esta é atingida geralmente por um processo de cárie e, quando removida, é substituída por uma pasta obturadora.

A evolução da Endodontia e sua eficiência podem ser verificadas através de aparelhos que determinam eletronicamente o comprimento do canal radicular; do uso de instrumentos rotatórios sônicos, ultra-sônicos e laser para preparo do canal radicular e das limas endodônticas fabricadas com liga de níquel – titânio que oferecem maior flexibilidade e resistência à fratura.

A melhor solução para evitar um tratamento endodôntico é a prevenção, isto é, cuidar dos seus dentes com uma boa higiene oral e visitas regulares ao seu dentista. Um dente desvitalizado (com tratamento de canal) se torna mais sujeito a fraturas, devido à falta de vascularização.

 

Quando a Endodontia é indicada?

Os sintomas mais característicos para se indicar o tratamento endodôntico é a dor espontânea, de forma latejante, não muito bem localizada e que aumenta com o calor. Nesse caso, a polpa ainda está viva, porém inflamada, e o uso de analgésicos não resolve.

Já quando há morte da polpa, geralmente a dor é bem localizada, havendo sensação de “dente crescido” e dor ao mastigar. Além disso, ao se abaixar a cabeça, tem-se a sensação de que o dente “pesa”.

Porém, nem sempre a dor indica um tratamento de canal, já que os dentes podem ter resposta dolorosa a qualquer estímulo fora do normal: frio intenso, calor intenso, doce e salgado.

Esses sintomas são observados em dentes cariados, em dentes com retração das gengivas e em dentes submetidos a carga intensa (força durante a mastigação).

 

Como é feito o tratamento de endodontia?

Com o uso da anestesia, o tratamento é indolor e às vezes, nos casos de polpa mortificada, não é preciso anestesiar. Pode ser desconfortável por ser necessário permanecer muito tempo com a boca aberta, com uso de lençol de borracha para o isolamento absoluto.

Nos casos de polpa infectada pode até acontecer a dor pós-operatória, e nestes casos haverá necessidade de entrar com medicamentos do tipo analgésico, antiinflamatório e antibiótico.

 

Em quanto tempo o tratamento é feito?

Não há uma regra geral para o tempo do tratamento: cada caso é um caso em especial. Quando a polpa é viva e sem inflamação, uma sessão é suficiente; polpa viva e inflamada, 2 ou 3 sessões.

Essas incorreções podem provocar lesões na ponta da raiz (periápice) do tipo abcessos com formação de pus, odores fétidos provocados por gazes de tecido necrótico e lesões crônicas, como o processo inflamatório crônico, e muitas vezes até a formação de cistos nesta região. Quando bem executado, o tratamento é completamente eficiente.

 

O que ocorre após o término do tratamento?

O dente não morre depois do tratamento, pois todo o suporte desse dente permanece vivo: osso, membrana periodontal (fibras que fixam o dente ao osso) e cemento (camada que recobre as raízes).

Outro possível problema é que o dente torna-se mais frágil, e isso deve ser levado em conta no momento da execução da restauração definitiva que, nesse caso, deve ter características diferentes.

 

Quais as conseqüências de não se realizar a endodontia?

Se o tratamento endodôntico não for realizado, poderá se desenvolver uma lesão na região apical (infecção na raiz e nos tecidos vizinhos), que poderá ter conseqüências mais sérias, como dor intensa, edema (inchaço no rosto), febre e bacteriemia (bactérias na corrente sangüínea).

A única solução a partir daí poderá ser a extração do dente, ou cirurgia periapical (removendo a ponta da raiz com lesão) associado ao tratamento de canal com o objetivo de recuperar o remanescente do dente.